
Martine Grael e Kahena Kunze
VELA



Quando Martine nasceu, seu pai, Torben, já era bicampeão olímpico na vela. Embalada pela tradição familiar, começou a velejar aos 4 anos no Rio Yacht Club, em Niterói (RJ). Aos 15, já acumulava dois títulos brasileiros na classe Optimist. Amiga de infância de Kahena Kunze, a convidou para ser sua parceira nas competições. Foram campeãs mundiais júnior na classe 420 em 2009. Martine, no entanto, optou por buscar a vaga para Londres 2012 ao lado de Isabel Swan, sem sucesso. De volta à antiga parceria, Martine conquistou o Campeonato Mundial 2014 e iniciou a trajetória que culminaria com o primeiro ouro da vela feminina do Brasil no Rio 2016. Campeã dos Jogos Pan-americanos Lima 2019, Martine chegou a Tóquio 2020 após um ciclo olímpico menos vitorioso do que o anterior. A dupla, no entanto, conseguiu se impor no mar japonês e assegurar o bicampeonato.
Kahena começou a velejar ainda criança, na Represa de Guarapiranga, em São Paulo. Aos 10 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e continuou no esporte. Havia dado uma pausa na carreira para cursar engenharia ambiental quando recebeu convite de Martine Grael para dividirem o barco na nova classe olímpica feminina, a 49er FX, e buscarem os Jogos Olímpicos Rio 2016. Em 2014, sagraram-se campeãs mundiais e seguiram em ascensão até a conquista do ouro olímpico em casa.
A parceria continuou no ciclo seguinte, quando a dupla alcançou a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos Lima 2019. Em Tóquio 2020, elas não chegaram entre as principais favoritas ao ouro, mas superaram as rivais e asseguraram o bicampeonato.